Francisco Cuoco: adeus a um ícone da dramaturgia brasileira

O cenário artístico brasileiro perdeu nesta quinta-feira (19) uma de suas figuras mais emblemáticas. Francisco Cuoco, cuja carreira atravessou décadas e marcou gerações, faleceu aos 91 anos no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. A família, que o acompanhava de perto durante suas internações recorrentes nos últimos meses, confirmou o falecimento.

Nascido em novembro de 1933 no tradicional bairro do Brás, Cuoco teve origens humildes. Filho de uma família de imigrantes italianos, começou a trabalhar cedo como feirante, ajudando o pai, antes de descobrir sua vocação para as artes cênicas. Nos anos 1950, enquanto ainda dividia seu tempo entre a feira e os estudos, ingressou na Escola de Arte Dramática – hoje integrada à USP –, onde começou a moldar o talento que o consagraria nacionalmente.

Nos últimos anos, o ator enfrentava desafios de saúde relacionados à idade avançada. De acordo com sua irmã, Grácia Cuoco, com quem morava, uma infecção decorrente de um ferimento agravou seu estado nos últimos meses. Ele estava internado há cerca de 20 dias e permanecia sedado até o momento de sua morte. A causa específica do óbito não foi divulgada pela família.

Cuoco deixa um legado que inclui personagens inesquecíveis em novelas, minisséries e peças teatrais. Sua capacidade de transitar entre dramas e comédias, sempre com intensidade e verdade, fez dele um dos atores mais respeitados de sua geração. A notícia de sua morte repercutiu imediatamente nas redes sociais, com homenagens de colegas de profissão, admiradores e instituições culturais.

Velório e homenagens
A família ainda não divulgou detalhes sobre o velório ou cerimônia de despedida, mas promete comunicar em breve informações para que fãs e amigos possam prestar suas últimas homenagens. Enquanto isso, o teatro e a televisão brasileira se unem em luto pela perda de um de seus grandes mestres.

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