A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta terça-feira (22), o donanemabe, um medicamento inovador para o tratamento do Alzheimer em estágio inicial. Comercializado como Kisunla, o remédio é produzido pela farmacêutica americana Eli Lilly e tem como alvo pacientes com comprometimento cognitivo leve ou demência leve, desde que confirmada a presença de placas de beta-amiloide no cérebro.
Administração mensal por injeção, facilitando o tratamento.
- Age diretamente na redução das placas de beta-amiloide, uma das causas do avanço do Alzheimer.
- Estudos clínicos mostram que 30% dos pacientes tiveram redução significativa das placas em 6 meses, número que sobe para 66% em 12 meses e 76% em 18 meses.
A Eli Lilly informou que o medicamento passará agora pela análise de preços na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Ainda não há previsão de quando chegará às farmácias ou qual será seu custo no país.
Especialistas destacam que, embora o donanemabe seja um avanço, seu acesso amplo dependerá de negociações com o SUS e planos de saúde. Nos EUA, o tratamento custa cerca de US$ 32 mil por ano, o que pode representar um desafio para sua adoção no Brasil.
A aprovação do Kisunla reforça a esperança de retardar a progressão do Alzheimer, mas pacientes e familiares ainda aguardam informações sobre quando e como o medicamento estará disponível.