O que era para ser uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) virou uma grande aula de marketing político. E com as eleições de 2026 chegando, comunicadores de plantão como eu não poderiam perder a oportunidade de destrinchar e trazer para seus públicos (políticos e assessores) alguns pontos gritantes que ocorreram durante a participação da influenciadora e empresária Virginia Fonseca.
Primeiro: exposição estratégica – Ela poderia não se expor, mas escolheu fazê-lo como estratégia de marketing. Trazendo isso para o cenário político: o sujeito que não se expõe — ou se expõe da maneira errada — já começa mal e acarreta prejuízos durante o processo eleitoral. Essa exposição não necessariamente acontece nas ruas, e sim no digital, onde seus seguidores-eleitores te divulgam.
Segundo: aparência – Acabou o tempo do blazer ou da camisa social engomada. Pode deixar guardada. Quanto mais simples e comum você estiver, mais acessível vai parecer, e o eleitor gosta de acessibilidade — assim, se sente importante.
Terceiro: discurso programado – Em todo o discurso, notamos que havia uma sequência que demonstra preparação, com um intuito e uma finalidade. Ser espontâneo conta muito na hora de discursar ou conversar com o eleitor, mas é necessário que essa espontaneidade seja parte de uma programação prévia. E o que conta nessa programação? O ambiente, o público, o seu alcance e o nível de instrução de quem você quer alcançar, persuadir ou influenciar.
Sendo assim, políticos e assessores precisam estar atentos a esses e outros pontos que podem delimitar seus passos na construção de um legado. Sem comunicação estratégica, não há posicionamento. Sem posicionamento, não há estratégia. Sem estratégia, não há objetivo alcançado.
Lembrando que política, para um político, acontece todos os dias — e não apenas no período eleitoral.